um pedaço daquele bolero teima em querer ficar na minha cabeça. vejo os pés contando os compassos, e o sol contando janelas lá fora. hoje faz frio, e eu sinto sede de café. saudade segue na minha vida como poeira na roupa. incomoda, mas só nota quem chegar perto demais. fico feliz com os feitios juvenis que levei passear na calçada, e também pela vontade de tomar vinho com solidão ter se tornado menor nas quartas-feiras. hoje é dia desses de dar um sorriso, sabendo que não há alguém por perto pra adonar-se do que é meu. fico cá eu, com os botões da minha blusa, e um pequeno furo na meia calça marrom.
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