vieste,
sem licença,
nem batida na porta.
abriste no meu peito
todos os caminhos,
e te fizeste
e te fizeste
hospedeiro
dos meus olhos.
arrumei no sofá
da minha alma
a tua cama,
para que sejam
incontáveis as noites
depois da tua chegada.
depois da tua chegada.
fica,
que o teu ficar me encharca,
que o desenho teu nas almofadas
sustenta todo verbo que é viver.
estende o teu corpo
no varal da minha janela,
que é pra quando bater o vento
e o vapor do chá suar os vidros,
sentires que a casa é tua
e o meu coração
também.
(pequenos fragmentos de um dia de sol em janeiro de dois mil e dezesseis)
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