és tu
uma porta
que já não sei,
mais,
se sou eu
capaz
de
abrir.
doeu demais fechar-te.
abrir-te seria
como renascer a morte
e desfragmentar o meu corpo
em um milhão de migalhas
para que depois
chegue o teu virar de costas,
e eu permaneça flutuando
na solidez do teu silêncio
como infinitas partículas de poeira no ar,
que só se é possível ver
quando a luz mansa dos dias
adentra a janela.
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