essa minha mania irreparável de não entender o fim das coisas. 
os ciclos se completam, e isto serve a tudo o que nos passa pela vida. 
não consigo compreender a finitude das coisas bonitas. 
quando sorvo o amargo da vida, me é possível vislumbrar a linha do término e ansiar sua chegada. 
entretanto, quando me deparo com o que é bom - ou foi - encerrando seu ciclo, antecedendo as marés pesadas, escondo-me do sol e busco a noite dentro do peito. 
não sei lidar com a finitude da bonança. 
não sei (sobre)viver no espaço atemporal entre o cansaço e a próxima fase lunar. 
precisava aprender saltar de um ciclo ao outro, como quem se desprende das coisas ruins, mas, sobretudo, não sou capaz de ver a finitude daquilo que, por tantas vezes, preencheu-me o peito.








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