kat


todos os meus dias,
quedas são.
manhãs em que o sol pincela os telhados velhos.
as paisagens que pintam as janelas do ônibus lotado.
tento encontrar-me nos reflexos trêmulos do vidro.
sinto o tempo escorrer junto a umidade nos tantos olhos.
e a queda dos dias,
é tão
nítida
que sinto o sabor da terra.
o som seco, cru, onde as esperanças não existem.
onde os olhos não existem.
e eu não espero mais.





- poesia a caminho das rotinas [que o coração não pode acostumar].




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