
o corpo amadurece.
os olhos, os pêlos todos.
olhamo-nos nos espelhos da casa.
escondemos o passado debaixo da carne.
contamos os passos até a porta da frente.
giramos o molho de chaves que estala na fechadura.
não dizemos adeus para poder regressar.
seguramos o ar até descer as escadas, soltamos um grito mudo de dentro pra dentro.
sentimos o sol.
entendemos que nem sempre é só o corpo que amadurece.
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