Todo dia é dia de sexta.





É noite, de sexta-feira. Eu só preciso perder a cabeça em algum bar, e ter as amizades lindas por perto. Preciso ter calor, de sobra, pra matar a saudade dos dias da semana. É o dia em que só existe noite. Aquele despertar dos relógios, que todos contam cada segundo. Eu fecho meu corpo nas sextas. Fecho os olhos para as coisas ruins, e esqueço de tudo aquilo que me afoga noutros dias. Fecho as janelas da casa, do quarto, e tranco a porta. Ninguém precisa da luz de fora, quando no peito se tem tudo o que precisa.
Na sexta, a gente vira vagalume, e vai rebolando pelo céu, como quem nasceu pra ser estrela, e não se contenta em brilhar tampouco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário